Tuesday, July 31, 2007
Monday, July 30, 2007
Sunday, July 29, 2007
está calor na avenida estados unidos da américa
David Byrne - Miss America
Saturday, July 28, 2007
já agora...
e agora passo a batata quente, lembrando que contam a penas séries de televisão (senão eu também punha o Michey, o Bugs Bunny, o Duffy Duck e afins...) para Um ideal...Não Muito Perfeito, Non Blog, Lauro António Apresenta, Detesto Sopa e ao Música do Acaso. Por favor peço-vos que só façam se quiserem, mas acima de tudo não começem o post com "eu não gosto nada destas coisas..." ou é para fazer ou não vale apena.
com as séries não se brinca...
Friday, July 27, 2007
hoje vi um ministro...
Wednesday, July 25, 2007
os desafios
"Breakfast at Tiffany's", de Truman Capote (em português com o brilhante titulo "Boneca de Luxo")
"A Estrela", de Virigilio Ferreira
"Paris Nunca Se Acaba", de Enrique Vila-Matas
"O Mar", de Miguel Torga
"Léah e outros contos", de José Rodrigues Migués
ficam de fora tantos livros e fica de fora a poesia, tanta poesia... as páginas seguem-se com o "Um ideal não muito perfeito"
Tuesday, July 24, 2007
Monday, July 23, 2007
o blog da cátia
deus existe!!!!
e juntou-os.... os phyton e eddie izzard (o chamado "tu ein oane")
Sunday, July 22, 2007
teatro vasco santana
Friday, July 20, 2007
hoje
eunice eunice eunice eunice eunice
mestre lagoa henriques - sempre uma prenseça memorável
Wednesday, July 18, 2007
meu avô
Tuesday, July 17, 2007
TML no Festival de Almada
Sunday, July 08, 2007
ciclo "em volta de nós" #3
por Eduardo Graça in Semanário Económico
Chegados onde chegamos não há outra porta de saída para o nosso destino colectivo senão a Europa
Portugal chegou tarde à Europa das nações bastando, para ilustrar esse afastamento, lembrar que entre as esperanças de democratização que afloraram no imediato pós guerra, na Primavera/Verão de 1945, e a revolução de 25 de Abril de 1974, mediaram 29 anos e que, após o 25 de Abril, decorreram mais onze anos até à concretização da adesão de Portugal à CEE.
Entre o fim da Segunda Guerra Mundial, período decisivo para a reconstrução democrática e económica da Europa, e a adesão de Portugal à CEE, mediaram, nada mais, nada menos, de 40 anos que podem ser levados, salvo algumas tímidas experiências de abertura, ao deve e haver do nosso atraso estrutural.
Chegados onde chegamos não há outra porta de saída para o nosso destino colectivo senão a Europa. Voltámos às origens. Quando Afonso Henriques, em 1128, após a batalha de S. Mamede, assumiu as responsabilidades políticas pelo exercício do poder confrontou-se com o problema de fundar um país a partir de um território cuja fronteira sul andava a meio caminho entre Coimbra e Santarém.
Havia que consolidar o território adquirido e crescer para o que foi necessário fazer uma opção estratégica. Depois de muitas hesitações, que levaram à disputa da fronteira norte, com a Galiza, e à fronteira este, com Leão e Castela, após o chamado “desastre de Badajoz”, em 1169, no qual Afonso Henriques foi derrotado e feito prisioneiro, ficou, na prática, decidida a configuração futura do território de Portugal continental.
Além da geografia também a história coloca Portugal na Europa. O pai de Afonso Henriques, o conde D. Henrique, era francês, neto de Roberto II, Rei de França. A mãe, D. Teresa, era filha bastarda de Afonso VI, Rei de Leão e Castela. O fundador de Portugal era, pois, descendente de estrangeiros, ou seja, filho de imigrantes europeus ilustres. **
Portugal tornar-se-ia uma nação independente, situada no sudoeste da Europa, na parte Ocidental da Península Ibérica, o país mais ocidental da Europa, delimitado a Norte e a Leste pelo reino de Espanha e a Sul e Oeste pelo Oceano Atlântico a que vieram acrescer as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, situadas no hemisfério norte do Oceano Atlântico. Um pequeno país com 92.391 Km2 de área e 10.945.870 habitantes, segundo estimativa de 2006.
Nos dias de hoje, por mais imaginação que possamos colocar na tarefa de fazer crescer Portugal, não há volta a dar: Portugal somente pode crescer, em riqueza e bem-estar, quer pela geografia, quer pela história, no seio da Europa, na qual conquistou um lugar privilegiado, partilhando os destinos da União Europeia com as maiores nações do velho continente.
Nunca é demais combater as ideias daqueles que, por ignorância ou atavismo, reduzem a história de uma nação antiga às memórias do passado desligando-as dos desafios do presente e do futuro. Só trilhando o caminho da partilha de responsabilidades, no seio da UE, poderemos um dia aspirar a um nível de prosperidade compatível com a nossa história e o estatuto político actual de nação livre, democrática e independente.
A verdade é que, por estes dias, Portugal ao assumir a Presidência da UE toma sobre os seus ombros a pesada responsabilidade de redigir e preparar a ratificação do novo “Tratado da União” que, apesar de todas as dificuldades, deverá contribuir para consolidar a União Europeia como espaço de paz e concórdia entre as nações e de progresso económico-social para os seus povos.
Nos meses que se avizinham seria da maior conveniência que todos os portugueses, e os partidos que os representam, fossem capazes de contribuir para dignificar essa missão.
(Continua)
** Ler “D. Afonso Henriques”, de José Mattoso, Edição do “Círculo de Leitores”
ciclo "em volta de nós" #2
PORTUGAL
Eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me
sentir como se tivesse oitocentos
Que culpa tive eu que D. Sebastião fosse combater os
infiéis ao norte de África
só porque não podia combater a doença que lhe
atacava os órgãos genitais
e nunca mais voltasse
Quase chego a pensar que é tudo mentira que o
Infante D. Henrique foi uma invenção do Walt Disney
e o Nuno Álvares Pereira uma reles imitação do Príncipe Valente
Portugal
Não imaginas o tesão que sinto quando ouço o hino
nacional
(que os meus egrégios avós me perdoem)
Ontem estive a jogar póker com o velho do Restelo
Anda na consulta externa do Júlio de Matos
Deram-lhe uns electro-choques e está a recuperar
àparte o facto de agora me tentar convencer que nos
espera um futuro de rosas
Portugal
Um dia fechei-me no Mosteiro dos Jerónimos a ver
se contraía a febre do Império
mas a única coisa que consegui apanhar foi um
resfriado
Virei a Torre do Tombo do avesso sem lograr encontrar
uma pétala que fosse
das rosas que Gil Eanes trouxe do Bojador
Portugal
Se tivesse dinheiro comprava um Império e dava-to
Juro que era capaz de fazer isso só para te ver sorrir
Portugal
Vou contar-te uma coisa que nunca contei a ninguém
Sabes
Estou loucamente apaixonado por ti
Pergunto a mim mesmo
Como me pude apaixonar por um velho decrépito e
idiota como tu
mas que tem o coração doce ainda mais doce que os
pastéis de Tentugal
e o corpo cheio de pontos negros para poder
espremer à minha vontade
Portugal estás a ouvir-me?
Eu nasci em mil novecentos e cinquenta e sete Salazar
estava no poder nada de ressentimentos
o meu irmão esteve na guerra tenho amigos que
emigraram nada de ressentimentos
um dia bebi vinagre nada de ressentimentos
Portugal depois de ter salvo inúmeras vezes os
Lusíadas a nado na piscina municipal de Braga
ia agora propôr-te um projecto eminentemente
nacional
Que fôssemos todos a Ceuta à procura do olho que
Camões lá deixou
Portugal
Sabes de que cor são os meus olhos?
São castanhos como os da minha mãe
Portugal
gostava de te beijar muito apaixonadamente
na boca .
Jorge Sousa Braga