Acabei a semana passada o "Paris Nunca Se Acaba" do Enrique Vila-Matas. Extraordinário.
"Não creio que demore a ausentar-me daqui. Irei com a minha consciência, que para mim foi sempre uma ironia em crescimento que, à medida que se tornava forte e grande, tendia ao mesmo tempo, paradoxalmente, a desaparecer. Foi algo que fui descobrindo à medida que vivia e se ia aumentando essa consciência, que nada seria sem a ironia. Irei daqui para me dissolver, dissociar-me, desintegrar-me, deixar feito em farrapos toda a intenção de personalidade ou de consciência, qualquer nostalgia de Paris. No fim de tudo, ironizar é ausentar-se"
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