Wednesday, April 16, 2008

PoP! Goes My Heart

está bom tempo!

aproveitem uma visita até ao Museu Nacional do Teatro que tem uma restaurante onde se come mararvilhosamente bem e onde se está ainda melhor a olhar para o jardim. E depois uma visita pelo Museu, um dos melhores Museus portugueses.

Thursday, April 10, 2008

há "Bichos" no museu!

A geração do ecrã


«Desculpem se trago hoje à baila a história da professora agredida pela aluna, numa escola do Porto, um caso de que já toda a gente falou, mas estive longe da civilização por uns dias e, diante de tudo o que agora vi e ouvi (sim, também vi o vídeo), palavra que a única coisa que acho verdadeiramente espantosa é o espanto das pessoas.

Só quem não tem entrado numa escola nestes últimos anos, só quem não contacta com gente desta idade, só quem não anda nas ruas nem nos transportes públicos, só quem nunca viu os 'Morangos com açúcar', só quem tem andado completamente cego (e surdo) de todo é que pode ter ficado surpreendido.

Se isto fosse o caso isolado de uma aluna que tivesse ultrapassado todos os limites e agredido uma professora pelo mais fútil dos motivos - bem estaríamos nós! Haveria um culpado, haveria um castigo, e o caso arrumava-se.

Mas casos destes existem pelas escolas do país inteiro. (Só mesmo a sr.ª ministra - que não entra numa escola sem avisar - é que tem coragem de afirmar que não existe violência nas escolas).

Este caso só é mais importante do que outros porque apareceu em vídeo, e foi levado à televisão, e agora sim, agora sabemos finalmente que a violência existe!

O pior é que isto não tem apenas a ver com uma aluna, ou com uma professora, ou com uma escola, ou com um estrato social.

Isto tem a ver com qualquer coisa de muito mais profundo e muito mais assustador.

Isto tem a ver com a espécie de geração que estamos a criar. Há anos que as nossas crianças não são educadas por pessoas. Há anos que as nossas crianças são educadas por ecrãs.

E o vidro não cria empatia. A empatia só se cria se, diante dos nossos olhos, tivermos outros olhos, se tivermos um rosto humano.

E por isso as nossas crianças crescem sem emoções, crescem frias por dentro, sem um olhar para os outros que as rodeiam.

Durante anos, foram criadas na ilusão de que tudo lhes era permitido. Durante anos, foram criadas na ilusão de que a vida era uma longa avenida de prazer, sem regras, sem leis, e que nada, absolutamente nada, dava trabalho.

E durante anos os pais e os professores foram deixando que isto acontecesse.

A aluna que agrediu esta professora (e onde estavam as auxiliares-não-sei-de-quê, que dantes se chamavam contínuas, que não deram por aquela barulheira e nem sequer se lembraram de abrir a porta da sala para ver o que se passava?) é a mesma que empurra um velho no autocarro, ou o insulta com palavrões de carroceiro (que me perdoem os carroceiros), ou espeta um gelado na cara de uma (outra) professora, e muitas outras coisas igualmente verdadeiras que se passam todos os dias.

A escola, hoje, serve para tudo menos para estudar. A casa, hoje, serve para tudo menos para dar (as mínimas) noções de comportamento.

E eles vão continuando a viver, desumanizados, diante de um ecrã. E nós deixamos.»

Alice Vieira, Escritora

Sunday, April 06, 2008

Ler na net

agora há a revista Ler na net em blog, é só carregar aqui.

Fernando Meireles

Novo filme de Fernando Meireles baseado em Saramago.

finalmente o Museu do Surrealismo em Famalicão


«O projecto do Centro de Estudos e Museu do Surrealismo (CEMS) , a erigir em Vila Nova de Famalicão em 2009, irá criar um equipamento cultural único no País destinado a albergar mais de 1900 obras do surrealismo, incluindo todo o espólio de Mário Cesariny, e a promover o estudo e divulgação do surrealismo.
Promovido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e a Fundação Cupertino de Miranda, o equipamento irá dispor de salas de exposição temporárias e permanentes, uma biblioteca para cem mil volumes, um auditório com 112 lugares, espaço pedagógico, zona administrativa, zona de espólio, loja e cafetaria.
O primeiro aniversário da morte de Cesariny (2006-1923) foi a efeméride escolhida para a apresentação pública do projecto de arquitectura do CEMS, da autoria do atelier DNSJ, Lda.
Localizado no Parque da Devesa, a concepção proposta pelo colectivo de arquitectos assenta na ideia de uma construção de forma maciça que se assume de uma maneira abrupta na paisagem. Um pequeno bosque de faias, também proposto pelo atelier, contrasta com o volume do edifício e "dilui a presença do CEMS, tornando-a misteriosa e encoberta", contam os arquitectos.
Com três pisos acima do solo e um em cave, o CEMS será em betão à vista descofrado com textura em tábuas de madeira, uma vez que "a cofragem de madeira propõe, pela textura resultante, um valor plástico que dialoga com o ambiente do parque". Nas fachadas, sobressaem os grandes vãos de diferentes tamanhos, colocados assimetricamente.
A implantação do CEMS no terreno faz-se utilizando jogos de opostos ou compensações entre os espaços construídos e verdes: o edifício propriamente dito localiza-se ao pé do Parque da Defesa, enquanto que o bosque faz a transição entre a cidade e o CEMS. Para os arquitectos, este bosque, que tem de ser percorrido para se aceder ao edifício, cria um efeito dramático que antecipa o visitante para o mundo "surreal" que o espera. O dramatismo é enfatizado pela própria entrada, em forma de fenda.
Os jogos de contraste prolongam--se para o interior, mas desta vez utilizando efeitos como compressão/descompressão do espaço: zonas de pé- -direito triplo, com cerca de 9 m de altura, como a recepção, circulação e espaços expositivos coabitam com espaços de pé-direito menor, como a loja e cafetaria. Nos espaços de pé-direito elevado existem situações que permitem o usufruto visual do grande desafogo de altura, como passadiços ou "miradouros", que permitem olhar de cima para baixo.
"Quisemos criar uma série de situações que pudessem corresponder a coisas inesperadas", explica Duarte Nuno Simões, a propósito da abordagem arquitectónica tanto no interior como no exterior.
in DN

Saturday, April 05, 2008

revista parq

revista on-line a ver aqui. descarregue o pdf e descubra uma nova revista portuguesa.

Jovens Criadores 2008

Estão abertas as inscrições para o concurso Jovens Criadores 2008. Na sua 12ª edição, é uma iniciativa conjunta do Instituto Português da Juventude e do Clube Português de Artes e Ideias, que se destina a dar a conhecer artistas em início de carreira, até os 30 anos, de nacionalidade portuguesa ou residentes no país.

As inscrições decorrem até 12 de Maio.

As áreas a concurso são: Artes Plásticas, Banda Desenhada, Ilustração, Ciber Arte, Fotografia, Vídeo, Dança, Música, Design de Equipamento, Design Gráfico, Joalharia, Moda e Literatura.

Os projectos seleccionados por parte de júris especializados em cada área artística serão apresentados na 12ª Mostra Jovens Criadores.

Desde 1996, a Mostra Jovens Criadores já se realizou em Lisboa, Guarda, Aveiro, Braga, Porto, Coimbra, Santa Maria da Feira, Silves, Amarante, Montijo, Odivelas, tendo sido plataforma de lançamento e confirmação de criadores que muito têm contribuído para uma desejável renovação do panorama artístico nacional. A título de exemplo, por aqui passaram Catarina Campino, João Garcia Miguel, Cristina Filipe, José Luís Peixoto, Cláudia Tomaz, Gonçalo M. Tavares, Renata Sancho, João Fazenda, Vasco Araújo, João Pedro Vale, Tiago Guedes, André Murraças, Alexandra Moura, Patrícia Bateira, Cecília Costa, Lara Torres.

Convidamos ainda a visitar o sítio www.artesideias.com, onde é possível consultar o regulamento e descarregar a ficha de inscrição,

* Informações : Clube Português de Artes e Ideias, telefone 213230090/1 ou e-mail: jovenscriadores@mail.telepac.pt.

todos ao museu


Wednesday, April 02, 2008

Dorit Chrysler @ Cafe Delight, Bristol

Há coisas fantásticas, não há? #6

Who Do You Think You Are - BBC

Há coisas fantásticas, não há? #5

Gente Fina É Outra Coisa - RTP

mais um a chamar filho da puta a guillermo vargas habacuc


Já é a segunda vez que este senhor repete esta extraordinária brincadeira de matar um cão, apelidando o crime de "obra de arte". a minha próxima vaga de assaltos à mão armada a bancos será também uma obra de arte e espero vir a ser convidado a repetir noutros sitios como na Bienal Centroamericana Honduras, que este ano convida este senhor a repetir a sua "obra de arte". Creio que as petições já não resolvem nada... de se fazerem tantas quando são mesmo necessárias já nada resolvem, no entanto aqui fica o link.
Segundo o "artista", a sua "obra" foi uma homenagem a Natividad Canda, uma nicaraguense que morreu após o ataque de um cão Rottweiler. O "artista" afirmou: "Me reservo o direito de decidir se é certo ou não que o cachorro morra. O importante para mim é a hipocrisia das pessoas: um animal assim se converte em foco de atenção quando o coloco em um lugar onde as pessoas vão ver arte, mas não quando está envolvido na morte de um homem, como aconteceu com Natividad Canda". Circulam, ainda, informações pela internet, que o "artista" diz-se revoltado com a hipocrisia das pessoas, falando que se o cão estivesse morrido na rua, nada disto teria acontecido.

Há coisas fantásticas, não há? #4

not the nine o'clock news

Há coisas fantásticas, não há? #3