Tuesday, June 28, 2005

marcar o início

"A maior felicidade que o amor pode dar é o primeiro aperto mão da mulher que amamos" Stendhal

Friday, June 24, 2005

FESTIVAL DE TEATRO DE ALMADA

04 - 18 de Julho
UM NOVO CICLO
O Festival de Almada, que em 2004 completou vinte anos de existência, ao longo dos quais registou um permanente desenvolvimento, entra, este ano, num novo ciclo. A inauguração do novo Teatro Municipal de Almada, concretização de um velho sonho da Companhia, se, por um lado, constitui um ponto de chegada, representa, também, um novo e estimulante ponto de partida.
Todo o percurso da Companhia de Teatro de Almada está, nesta cidade, intimamente ligado ao apoio da Autarquia. O novo teatro - um edifício que, pelas suas características arquitectónicas, condições de funcionamento e qualidade do equipamento, constitui um importante factor de valorização do tecido nacional de espaços de criação artística e actividade cultural - é o resultado directo da produtiva colaboração entre a Companhia e a Autarquia. E pode, muito bem, neste sentido, ser apontado como um exemplo de como, à margem da burocracia dos diplomas, que criam realidades virtuais sem cuidar das condições práticas da execução das respectivas determinações, uma conjugação tríplice de esforços entre o Governo central, o poder Autárquico e os agentes culturais poderia muito bem, a partir da existência de projectos consolidados de cooperação, alterar substancialmente a circunstância cultural do País.
É da mais elementar justiça lembrar que uma política de novos equipamentos culturais foi lançada, nessa base, pelo Ministério da Cultura do tempo de Manuel Maria Carrilho. Este novo edifício, que honra a cidade de Almada e o País, é a cabal demonstração do muito que se pode fazer, sem esbanjamento de recursos e sem megalomania, quando a cooperação é o método e o meio de projectar o futuro, com ambição, mas, ao mesmo tempo, com lucidez e consistência.
Em todo o processo que levou à realização desta obra, o Festival de Almada, concebido e realizado ao longo de anos pela Câmara Municipal de Almada e pela Companhia de Teatro de Almada, representou, naturalmente, um papel importante. Os equipamentos culturais que nas últimas décadas a Autarquia foi construindo permitiram o desenvolvimento do Festival. No Fórum Romeu Correia, por exemplo, apresentaram-se companhias internacionais célebres, entre as quais a própria Schaübhunne am Lenhiner Platz. Mas faltava, naturalmente, um equipamento que pudesse receber espectáculos que, até aqui, não podiam ser apresentados em Almada.
É, designadamente, por isso que um novo ciclo pode começar agora. Um ciclo em que o Festival, que há anos abrange também Lisboa, pode ter em Almada um novo centro, ao nível dos melhores equipamentos da capital. Mas não só por isso. O novo Teatro Municipal não é apenas o resultado de um desejo ou de uma legítima ambição. Ele corresponde a uma necessidade intrínseca a um processo de desenvolvimento em que o Festival de Almada ocupa, obviamente, um lugar central.
Por isso, em cada edição - e apesar das crescentes dificuldades orçamentais que nos últimos anos tenho vindo regularmente a denunciar com a esperança remota de vir a ser ouvido - procuramos, mantendo os traços próprios e tradicionais, a renovação e a modernidade.
A presença em Portugal, pela primeira vez, de uma companhia como a do Odéon - Théâtre de l’Europe, dirigida por Georges Lavaudant, inscreve-se nesse esforço. No mesmo plano se incluem os espectáculos de Philippe Genty e Denis Marleau. Trata-se, em todos os casos, de personalidades fundamentais da cena internacional contemporânea, criadores ligados a universos teatrais muito diferentes, que suscitarão, certamente, o interesse do público português. Um ciclo sobre Jean-Luc Lagarce - um dos nomes fundamentais da dramaturgia moderna - liga-se com a apresentação de vários autores contemporâneos e, como é hábito, de autores clássicos. Novos criadores estrangeiros e portugueses valorizam também esta riquíssima edição de 2005, que contará com quatro estreias absolutas. Como sempre, também, um vasto programa de actos complementares acentuará a vertente de reflexão e de troca de experiências, um dos traços caracterizadores do Festival de Almada - lugar de convívio e de cruzamento de culturas e linguagens.
Espero que o ciclo que agora se abre represente uma nova etapa de desenvolvimento. E que o Festival possa manter-se fiel à sua mais reconhecível vocação: a de crescer, rejuvenescendo.
Joaquim Benite, Director do Festival

http://www.ctalmada.pt/

A CASA DE BERNARDA ALBA - dança

A versão em dança do espectáculo "A CASA DE BERNARDA ALBA", em cena do Teatro Municipal São Luiz é conduzida pela mão de Benvindo Fonseca, de quem vimos no mesmo palco "UMA NOITE COM ELLA". um espectáculo notável com a voz da diva Ella Fitzgerald coreografada por Benvindo. Desta vez o feito repete-se com imagens notáveis, criadas por Benvindo e executadas por um excelente grupo de bailarinos. Também de fazer notar´é o desenho de luz que se transforma em mais uma personagem a habitar esta casa.

TELEFONE - 213257650
LOCAL - Lisboa, Teatro Municipal
de S. Luiz - R. Antº Maria Cardoso, 38-58
HORARIOS - De 25-06-2005 a 26-06-2005
Sábado às 21h00 - Domingo às 17h30, 17h30 (dias 2, 10 e 16 Julho )
De 01-07-2005 a 16-07-2005 - Sábado às 21h00 (dias 1 e 9 Julho )
PREÇO - 5€ a 15€.

BAILARINOS - Paula Valle , Adriana Queiroz, Elisa Ferreira, Ana Santos, Filipa Mayer, Paula Pinto, Isadora Ribeiro, Maria Franco, Angela Eckart, Débora Queiroz, Hugo Martins
CENÓGRAFO - Benvindo Fonseca
COMPANHIA - Lisboa Ballet Contemporâneo
COMPOSITOR - César Viana
INTÉRPRETES - Quarteto de Cordas de São Roque, António Martelo (1º violino), Cristina Almeida (2º violino), João Pedro Delgado (viola de arco), Ricardo Mota (violoncelo)

A CASA DE BERNARDA ALBA - teatro

A última peça de Federico García Lorca (morto no início da Guerra Civil Espanhola) é agora apresentada numa encenação de Diogo Infante e Ana Luisa Guimarães, com música de Bernardo Sassetti e com Maria do Céu Guerra no papel principal. De 18 de Junho a 16 de Julho no Teatro São Luiz, em Lisboa.
Bernarda, viúva e mãe, submete as suas cinco filhas a uma tirania inflexível, humilhante, em nome da honra e das convenções sociais. Fechadas em casa, as personagens mergulham na tragédia. A peça é considerada uma das obras maiores da dramaturgia mundial.
A partir de dia 25, a peça de teatro alterna com um espectáculo de dança, adaptado do mesmo texto, da autoria do coreógrafo Benvindo Fonseca e interpretado pelo Lisboa Ballet Contemporâneo.
PUBLICO.PT

TELEFONE - 213257650
LOCAL - Lisboa, Teatro Municipal
de S. Luiz - R. Antº Maria Cardoso, 38-58
HORARIOS De 18-06-2005 a 17-07-2005
Terça a sábado às 21h30 (dias 18, 22, 23, 28, 29 e 30 Junho. Dias 2, 5, 6, 7, 8, 12, 13, 14, 15 e 16 Julho) Domingo às 17h30 (dia 19 Junho. Dias 3, 9 e 17 Julho).
PREÇO - 5€ a 15€.

ACTORES - Maria do Céu Guerra, Laura Soveral, Ana Bustorff, Sara Gonçalves, Adriana Moniz, Flávia Gusmão, Cátia Pinheiro, Cucha Carvalheiro, Custódia Gallego, Luisa Salgueiro
AUTOR - Federico Garcia Lorca
CENÓGRAFO - João Mendes Ribeiro
COMPOSITOR - Bernardo Sassetti
ENCENADORES - Diogo Infante e Ana Luisa Guimarães
INTÉRPRETES - José Salgueiro (percussão e bateria), Mário Franco (contrabaixo) , Rui Rosa (Clarinete)

ÓPERA DOS TRÊS VINTÉNS

Este fim-de-semana foi tempo de ir ver a "OPERA DOS TRÊS VINTÉNS", um trabalho interessante, mas com muitas falhas, no entanto é um espectáculo que vale a pena ir ver por diversos motivos, sejam as música de Kurt Weill, o trabalho os actores, como é o caso de Mário Redondo, seja o cenário, que se aplica muito melhor a este espectáulo do que à "ÓPERA DO MENDIGO", ou apenas por ser um dos grandes clássicos do teatro mundial.
do jornal Diário de Notícias:
Em 1992, Mário Redondo estreou-se como actor na Ópera dos Três Vinténs do Novo Grupo. Integrado no coro, fazia, então, Jimmy, um Mendigo e um Polícia. Este ano, já actor e cantor reputado, Mário Redondo volta ao texto de Brecht, outra vez encenado por João Lourenço, mas agora como protagonista ele será McHeath, ou seja, Mac da Naifa, o gangster. A nova produção de Ópera dos Três Vinténs, com estreia marcada para 6 de Maio, é a grande aposta desta temporada no Teatro Aberto, em Lisboa.
João Lourenço, o director artístico, explica que a ideia inicial partiu de João Paulo Santos, director musical deste teatro, que tinha vontade de fazer a Ópera do Mendigo, de Benjamin Britten (a partir de John Gay/Pepush). Como se sabe, a Ópera do Mendigo serviu de base à Ópera dos Três Vinténs de Bertolt Brecht/ Kurt Weill e, daí, surgiu a ideia de encenar as duas peças "em diálogo". A 24 de Fevereiro estreia-se o Mendigo, dois meses depois, no mesmo espaço e cenário (de João Mendes Ribeiro), apresentam-se os Três Vinténs.
"Costumo dizer que Brecht é um amigo que eu tenho ali numa esquina e de vez em quando acho que há uma peça dele que faz sentido", confessa João Lourenço. No caso da Ópera dos Três Vinténs, parece-lhe claro que o tema da corrupção é da maior actualidade "As ligações ilícitas entre a polícia e os bandidos, que são os senhores do poder. São gangsters disfarçados. Nesse sentido, a peça ainda é mais actual agora do que era há dez anos. Porque hoje já não se esconde essa corrupção." Apesar de trabalhar o texto pela segunda vez, garante que "irá ser um espectáculo completamente diferente do anterior". Por causa do cenário, dos figurinos, dos actores (alguns poderão manter-se, como Irene Cruz, mas haverá convidados e estreias absolutas, resultado de um casting). E também porque João Lourenço e a dramaturgista Vera San Payo de Lemos estão a reler o texto e colocaram a acção nos anos 50.
(D.N.)

TELEFONE 213880089
LOCAL Lisboa, Teatro Aberto - Pç. Espanha
HORARIOS A partir de 08-06-2005 Quarta a sábado às 21h30Domingo às 16h00
Na Sala Azul.
CENÓGRAFO - João Mendes Ribeiro
AUTORES - Bertolt Brecht, Kurt Weill
COREÓGRAFO - Carlos Prado
ENCENADOR - João Lourenço
INTÉRPRETE - Adriana Aboim, Ana Brandão, Ana Sofia Santos, António Cordeiro, Carlos Pisco, Francisco Pestana, Frederico Moreno, Irene Cruz, Jennifer Veiga, Joana Silva, João Ricardo, Madalena Alberto, Mário Redondo, Rui Melo, Sílvia Filipe, Tiago Mateus, Vanda Elias
DIRECÇÃO MUSICAL - João Paulo Santos