Friday, August 31, 2007

carga de torrada



nada diz "amo-te" como uma carga de torrada...

Wednesday, August 29, 2007

vencedores #1


grande nélson évora! parabéns atrasados...

quanto a cavaco silva, a sua mensagem diz: "Tendo tido conhecimento da vitória que obteve na prova de triplo-salto do Campeonato do Mundo de Atletismo que decorre em Osaka, quero felicitá-lo pelo extraordinário resultado conseguido. Esta Medalha de Ouro é, sem dúvida, sinónimo de muito trabalho e dedicação, factores essenciais ao sucesso desportivo. Todos os portugueses estão hoje orgulhosos da sua vitória e todos se revêem no seu consolidado percurso enquanto atleta. Aceite os meus parabéns e os desejos sinceros de muitas felicidades pessoais e desportivas."

alberto de lacerda

não soube de nada no próprio dia por me encontrar em viagem, mas quando cheguei soube imediatamente da morte de alberto de lacerda. QUE MÊS! o que é que se passa este ano?
nunca privei com o poeta mas seria uma personagem crucial num documentário que me encontro a preparar, agora se-lo-á apenas em memória.
no blog do eduardo pitta está um texto notável que nos dá toda a dimensão deste poeta que tinha londres na sua pele, portugal no seus poros e moçambique no coração, aqui fica o texto.




Terça-feira, Agosto 28, 2007
O POETA EXPATRIADO

Com a morte inesperada de Alberto de Lacerda, ocorrida ao fim da tarde de domingo, em Londres, desaparece uma das grandes vozes da poesia portuguesa da segunda metade do século XX, embora isso não fosse percetível para muita gente, porque o autor de Palácio (1961) foi toda a vida um expatriado.

Carlos Alberto Portugal Correia de Lacerda nasceu na ilha de Moçambique, a 20 de Setembro de 1928, tendo abandonado a colónia em 1946, pouco antes de completar dezoito anos. Em Lisboa depressa fez amizade com outros poetas, em particular Ruy Cinatti, de quem mais tarde organizou uma antologia, Sophia de Mello Breyner Andresen, a Diotima de tantos dos seus poemas, Mário Cesariny, Raul de Carvalho, António Ramos Rosa e Luís Amaro.

Foi curto, o intervalo português. Mesmo assim, em 1950, teve tempo de fundar, com David Mourão-Ferreira, António Manuel Couto Viana e Luiz de Macedo, as folhas de poesia Távola Redonda, que secretariou até ao nº 5. Um imbróglio burocrático levou-o a bater com a porta e a afastar-se do grupo. [Os detalhes do episódio são descritos por Couto Viana em Colegial de Letras e Lembranças, 1994.] Antes da partida definitiva para Londres, no Verão de 1951, os Cadernos de Poesia, então dirigidos por Jorge de Sena, José-Augusto França, José Blanc de Portugal e Ruy Cinatti, ocuparam todo o fascículo oito com 34 poemas do jovem poeta.

Em Londres, Alberto de Lacerda começou por trabalhar na BBC, onde divulgou a cultura portuguesa, e em pouco tempo frequentava os salões literários da capital britânica. Talvez por isso, Herberto Helder tenha dito que «Alberto de Lacerda tem Londres invadida por sofás». (cf. Photomaton & Voz, 1979) Um dia, tinha Lacerda vinte e três anos, Dame Edith Sitwell convidou-o para almoçar com T. S. Eliot e o compositor William Walton. Não era já a magia do grupo do Bloomsbury, mas andava lá perto. Não por acaso, foi em Londres que foi publicado o seu primeiro livro, 77 Poems (1955), sob chancela da Allen & Unwin e com prefácio do sinólogo Arthur Waley. Esse livro de estreia teve uma calorosa recepção por parte de críticos tão reputados como Quentin Stevenson, J. M. Cohen e David Wright. E é capaz de ter sido no momento em que o Times Literary Supplement lhe dedicou uma recensão atenta, que a pátria distante começou a olhar para ele de viés.

Em 1959, por sugestão dos poetas Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, partiu para o Brasil, onde ficou cerca de um ano dando conferências e recitais em universidades e outras instituições. Finalmente, em 1961, um livro em Portugal: Palácio. Mas 1961 foi o ano de toda a ortodoxia crítica, e não era fácil reparar em versos como estes: «Há sempre imensa gente nos meus versos / Embora não se note à primeira leitura.» É verdade que Alberto de Lacerda teve críticos empenhados, como Jorge de Sena, Eduardo Lourenço, António Ramos Rosa e João Gaspar Simões, mas nunca aqueles que, ao sabor das várias circunstâncias, foram moldando o cânone. A distância, e uma desatenção crescente por parte do jornalismo cultural, fizeram o resto. Espírito inconformado, dotado de uma língua de prata como poucos, pagou sempre na mesma moeda. Em Julho de 1987, entrevistado por mim para o Jornal de Letras, perguntado sobre a importância de alguns poetas, respondeu: «Falar em poetas maiores é perigosíssimo. Há muito poucos poetas maiores num século, em qualquer língua. Atravessa-se em Portugal uma inflação do adjectivo ditirâmbico. Dentre os nomes que cita há pelo menos dois que nem por sombras podem ser considerados grandes e, muito menos, maiores: Carlos de Oliveira e Jorge de Sena. Não, meu caro Pitta, nos últimos quinze anos não apareceu nenhum grande nem maior poeta. Apareceram alguns poetas francamente bons. E já não é pouco!» Convenhamos que num país dado a mesuras era muita idiossincrasia junta.

Entre 1967 e 1993, Alberto de Lacerda leccionou em universidades americanas, primeiro em Austin (no Texas), depois em Nova Iorque, por último em Boston, onde esteve a partir de 1972. Durante esses vinte e seis anos, passava um semestre de cada lado do Atlântico. Um dia, já depois do 25 de Abril, o dirigente máximo do organismo (o Instituto de Alta Cultura) que em Portugal garantia a logística dos docentes portugueses no estrangeiro, descobriu que Alberto de Lacerda não tinha habilitação própria, ou seja, licenciatura. E não hesitou: mandou rescindir o contrato. As autoridades académicas americanas não queriam acreditar que o “seu” professor de Poética fosse posto de lado por tal motivo. E fizeram o óbvio: contrataram-no directamente.

Tal como acontecera em Inglaterra, o convívio com a intelligentzia americana foi fácil. Entre outros, conheceu e privou com os poetas Marianne Moore e Thom Gunn e com o pintor David Hockney, frequentou os sofisticados círculos literários da costa Leste e, em 1969, tinha uma antologia sua publicada pela Universidade do Texas, Sellected Poems. Foi o primeiro e único autor de língua portuguesa a dar um recital da sua poesia na Biblioteca do Congresso, em Washington. E foi ainda, em 1973, o editor de Maio. International Poetry Magazine, de que saiu um único número, com colaboração de Mário Cesariny, Octavio Paz, Jorge Guillén, Murilo Mendes, Dominique Fourcade e Augusto de Campos.

O descaso português não encontra explicação na distância, esse estar longe da paróquia do Chiado, porque, além dos livros, Alberto de Lacerda tem colaboração dispersa por jornais e revistas tão diferentes como o Diário de Lisboa e a Colóquio-Letras, ou o Diário de Notícias e a Colóquio-Artes, onde escreveu sobre pintura, paixão de toda a vida (são lendárias as suas amizades com pintores: Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szenes, Menez, Júlio Pomar, Jorge Martins, Paula Rego, Victor Willing, etc.), para já não falar de textos publicados em Encounter ou The Listener.

Tendo em vista a diáspora, os sobressaltos da edição compreendem-se. Por exemplo, entre o terceiro e o quarto livro — isto é, entre Exílio, 1963, e Tauromagia, 1981 —, verificou-se um inexplicável hiato de dezoito anos. Em 1984, por um breve lapso, pareceu chegada a sua hora portuguesa. Nesse ano saiu o primeiro volume de Oferenda, que colige a poesia publicada entre 1951 e 1963. Do período fazem parte alguns dos poemas mais conhecidos do autor, como esta pequena estrofe de Dezembro de 1962: «O exílio é isto e nada mais / Na sua forma mais perfeita: / Hoje na terra de meus pais / Somente a luz não é suspeita.» A seguir publicaram-se Elegias de Londres (1987), Meio-Dia (1988), que ganhou o Prémio de Poesia do PEN Clube, Sonetos (1991) e, em 1994, o ansiado segundo volume de Oferenda, reunindo poemas inéditos escritos entre 1963 e 1970, como os que dão corpo a Mecânica Celeste, a mellhor e mais densa das sequências do conjunto, onde podemos ler poemas como este: «O quarto ao lado tem um caralho com um dragão amarelo / Que ameaça a virgindade do meu filho / O cu do meu filho é branco / O caralho amarelo é negro / O perigo amarelo é o meu vizinho negro / Que o meu filho branco combate no Vietnam / Para salvação da minha cona branca / / O caralho do meu filho pertence à minha cona / Quem disser o contrário é comunista / / Como diz o Império Britânico cagando / Muito sério / Todas as manhãs no trono da Sala do Trono da Casa Branca: / / América — love it or leave it.»

Razão tinha Eduardo Lourenço para se lhe referir nestes termos: «Sob o silencioso desdém ou a fulgurante ironia poucos adivinhariam que Alberto de Lacerda era já nessa época de aparentes certezas um exilado de si mesmo, escolhido com infalível mirada pela musa exigente da pura melancolia e da liberdade.» (cf. Alberto de Lacerda, o mundo de um poeta, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987) Jorge de Sena, que o conheceu bem, falou dele como de um ser de eleição, não obstante o «convívio espiritual complicado e exigente, que uma noção de missão específica da poesia, igualmente distante do angelismo e do sensualismo cínico, defendeu de certa disponibilidade adolescente.» (cf. Líricas Portuguesas, II Vol., 1983) Não se diz o mesmo de muitos dos seus pares.

Simplificando muito, pode-se dizer que a obra de Alberto de Lacerda vive em permanente confronto com a tripla pulsão da melancolia, da liberdade e da iconoclastia: «O tigre que caminha nos meus gestos / Tem a graça insolente dos navios.» Os últimos livros, Átrio (1997) e Horizonte (2001), não têm a força dos melhores momentos, como quando, a pretexto de Serguei Bondarchuck, escrevia: «Imagens da infância me perseguem / Desde essa tarde em que surgiste à porta / Com lágrimas migratórias invisíveis / / Vinhas de habitar / As planícies raras da minha infância / E o vento que trouxeste sacudido / Pela estepe / Deu-me o tremor das deslocações oceânicas [...] Lá fora / Na noite americana / Tudo era branco russo abençoado.» Ou, num dos raros momentos em que explicitou, sem idealização de esteta, a condição homossexual que era a sua: «Os pés nus correspondem em grinalda / Aos cabelos louros sobre os ombros másculos.» Ou ainda, à laia de ars poetica, nítida como sempre fez questão: «Quero que as pátrias todas vão passear / Até ao Jardim Decente / E voltem depois não como pátrias / Mas como gente.»

Não, não é só Pessoa que tem uma arca mítica. A de Alberto de Lacerda contém para cima de mil inéditos — verdade que muitos poemas revestem a forma breve do haiku —, até eu guardo cópia de um livro nunca publicado, Pássaro de Fogo, enviado de Boston em 1986. A ver vamos se a Imprensa Nacional, que tem sido o mais regular editor do poeta (cinco volumes), consegue a proeza de o coligir na íntegra.

Além de poeta, e cronista sibilino, Alberto de Lacerda foi autor de colagens, tendo exposto várias vezes, a última das quais, quanto sei, na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, em 1987. Coleccionador de arte, parte do espólio foi mostrado ao público no Centro de Arte Moderna da Gulbenkian. Além de pintura, essa mostra reunia correspondência com inúmeros escritores e artistas, raridades bibliográficas, retratos e outro tipo de iconografia. De facto, em 1987, parecia que o poeta acertara contas com o país. Infelizmente, não acertou.

Alberto de Lacerda, que morreu anteontem, a um mês de completar 79 anos, viveu sempre numa terra de ninguém. A Moçambique, onde nasceu, e que deixou na adolescência, voltou uma única vez (em 1963). Portugal não passou de um intervalo. Não admira que tenha sido em Londres, cidade de que era cidadão honorário, onde viveu durante 56 anos consecutivos, que a morte o tenha surpreendido. John McEwen, o crítico de arte com quem tinha combinado almoçar no domingo, estranhou o atraso e acabou por arrombar a porta. Alberto de Lacerda ainda estava vivo, porém em coma. Morreria horas depois. Conhecendo-o como conheci, sei que teria apreciado o detalhe final. [O retrato ao alto, de 1971, é de Arpad Szenes]



Segunda-feira, Agosto 27, 2007
ALBERTO DE LACERDA 1928-2007

Morreu Alberto de Lacerda, uma das grandes vozes da poesia portuguesa da segunda metade do século XX português. Faria 79 anos no próximo dia 20 de Setembro. Natural da ilha de Moçambique, radicado em Londres desde 1951, o autor que Eduardo Lourenço caracterizou como «anjo um pouco dandy, já de passagem para aquela espécie de pátria que só o poema lhe daria», foi encontrado em coma, em sua casa, ao princípio da tarde de ontem, por Ian McEwan, com quem tinha combinado almoçar. Foi o autor de On Chesil Beach que arrombou a porta e providenciou a ida do poeta para o hospital. Ao fim da tarde estava morto. Toda a vida longe dos círculos que em Portugal contam, são poucos os que entre nós têm noção da sua real importância. Sobre o amigo agora desaparecido, escreverei mais desenvolvidamente noutra ocasião. A foto ao alto, de 1951, é de Fernando Lemos.

Correcção: Não foi Ian McEwan, mas sim John McEwen, o crítico de arte, quem descobriu o poeta inanimado. Quem informou a LUSA, e me informou a mim, confiou no rigor da informação que lhe chegara de Londres.

Sunday, August 26, 2007

as presenças

hoje, na despedida a eduardo prado coelho tive uma sensação de presença, de presenças como poucas vezes deverei ter tido na minha vida. ao passar os portões do palácio das galveias (que melhor sitio para velar o corpo de um escritor senão no meio de livros?), encontrei o antónio da cunha telles, o fernando lopes, o joão botelho, o joaquim leitão, o eduardo lourenço, o gastão cruz, e tantas, tantas mãos que escreveram, olhos que filmaram, vozes que disseram, tanto portugal num pequeno ponto do campo pequeno.
depois, pouco tempo depois, passando os portões do cemitério dos prazeres as mesmas mãos, olhos e vozes acompanharam num tom pesaroso e sombrio o caixão até ao fim. e foi. a presença do eduardo, a quem me liga o facto da minha irmã ser sua filha e a minha mãe sua ex-mulher, lá estava lendo nos olhos de cada um dos olhares presentes diferentes presenças e diferentes maneiras de presenciar esta morte.
como dizem alguns: “na vida a coisa mais certa é a morte.” creio que a vida consegue ser ainda mais certa que a morte.
ao chegar a casa corri os blogues do costume e outros, poucos, para saber o que diziam as pessoas e a opinião era generalizada. no entanto a melhor homenagem está no site do “seu” jornal, do público, onde reuniram as crónicas do últimos anos do eduardo. A melhor homenagem, se é que há necessidade de homenagear os mortos porque as homenagens devem ser feitas em vida, é de facto passar os olhos por vários anos de crónicas, temas, textos, letras, onde se encontram as dúvidas de quem não deixa de duvidar, as criticas de quem não deixa de criticar e as inquietações de quem sempre se inquietou com as presenças de um país que precisa tanto da presença total daqueles que presenciam o seu avançar retrocedendo no tempo.

Saturday, August 25, 2007

Eduardo Prado Coelho

aqui fica um mini video (feito com muito poucos recursos, como aliás é visisvel) criado para a homenagem feita ao Eduardo em Março deste ano no Famafest - Festival Internacional de Cinema de Famalicão - Cinema e Literatura.


Thursday, August 23, 2007

tese tarantino

boa curta com Selton Mello e ilário Seu Jorge, bela tese sobre Tarantino...

bandeira portuguesa

Só estávamos habituados a vê-la nos edifícios públicos e em cerimónias oficiais e, de repente, ela irrompeu, vermelha e rubra, de norte a sul do país, em todas as janelas, em todas as ruas, nas cidades, vilas e aldeias, símbolo de um país que acreditava na Selecção de todos nós. Disputava-se o Euro 2004 e a bandeira nacional da nossa esperança salpicava todo o país, como se de repente as janelas tivessem florido, agora com o Mundial o fenómeno renasce.
Havia quem apenas se lembrasse de que era encarnada e verde e que tinha no meio uns símbolos. E pouco mais.
E, no entanto, ela nasceu numa época de euforia e de renovação. A revolução de 5 de Outubro de 1910 acabara de implantar a República e, com ela, os novos símbolos de um país renascido: o hino, a moeda e a bandeira.
Podemos ler no Relatório da Comissão Oficial da Nova Bandeira, que data da época, a exaltação de todo o sentimento patriótico que esteve na sua base.
Diz esse relatório que:
"O vermelho é a cor combativa, quente, viril por excelência. (…) a única cor capaz de dar-nos o incêndio dos grandes entusiasmos (…)".
Quanto ao verde, o mesmo relatório define-o como
“a cor da esperança (…)”.
No meio, a esfera armilar " (…) o padrão eterno no nosso génio aventureiro” e "(…) no coração da bandeira (…), o escudo branco com as quinas azuis, símbolo da (…) “bravura, tenacidade, diplomacia e audácia (…).”
Restam os castelos, sete por decisão de D. João II, “(…) um dos símbolos mais decorativos e mais enérgicos da integridade e da independência nacional.”
Em 2004 os portugueses vestiram uma vez mais as cores da sua bandeira e esperam ardentemente ter razões para continuar a vê-las flutuar, de norte a sul do país, em todas as janelas, em todas as ruas, nas cidades, vilas e aldeias. As bandeiras do nosso contentamento.
colaboração da MEC

Wednesday, August 22, 2007

o galo de barcelos


Num banquete dado por um rico proprietário de Barcelos, foi roubada uma peça valiosa de prata e um dos convidados foi acusado do crime. Foi julgado e culpado pelo tribunal. Apesar das provas evidentes contra ele, reclamou sempre a sua inocência. O Magistrado deu ao acusado uma última oportunidade de se justificar. Vendo um galo dentro de um cesto perto dele, disse: “Se eu estiver inocente o galo cantará”. O galo cantou e o prisioneiro foi libertado.

Tuesday, August 21, 2007

ratatouille... é verdade, em português #2

o filme é extraordinário, é de facto um dos melhores filmes de animação que vi e não tenho dúvidas de que fará parte dos Top 10 de vários jornais no fim deste ano.
o trabalho de realização é absolutamente intocável, com extraordinários movimentos de camara e enquadramentos fora de todas as normas da banal animação que povoa a televisão e os ecrãns de cinema. um argumento bem estruturado e pensado, uma animação muito equilibrada e o trabalho das personagens é magnifico sendo o destaque máximo o da personagem do critico Ego BRILHANTEMENTE dobrado pelo Carlos Paulo que faz um trabalho notável do qual só posso ter pena dos americanos por não terem lá o Carlos Paulo para o ouvirem dar vida a este Ego. ver este Ratatouille fez-me lembrar os grandes clássicos da Disney, principalmente o Aristógatos, e as curtas da Warner Bros.
uma nota de relevo é que desta vez, e contrariamente a esse "Dia de Surf", tivemos um genérico para a versão portuguesa com os nomes do actores a dar tempo de os ler e tudo!
este é sem dúvida um daqueles filmes que ficará e do qual daqui a uns anos diremos "aquele clássico, o Ratatouille"

carry on kenneth williams

vale apena ver esta extraordinária entrevista de Kenneth Williams. fantástico actor! magnifica a composição de voz e gestos das várias personagens que vai interpretando.

Monday, August 20, 2007

já lá vão alguns anos

e olha que vamos melhorando com a idade. não como o vinho do porto, mas melhoramos...

Wednesday, August 15, 2007

pois é, todos temos as nossas fraquezas...

apesar de ter ouvido sempre o sr. meu pai a dizer que isto era execrável eu sempre tive uma queda para a série "carry on", aliás sairam em dvd e eu comprei os filmes todos! pronto, já disse! é verdade, comprei todos!

já faltou mais...

mamet na blogosfera

O dramaturgo, argumentista e romacista David Mamet rendeu-se à blogosfera no The Huffington Post. Um blog a seguir com atenção ou não fosse este senhor o autor de obras primas como as peças "Oleanna", "Glengarry Glen Ross" (1984 Prémio Pulitzer), "American Buffalo" ou dos argumentos de "The Verdict", "The Untouchables" ou "Wag the Dog".

chuva?

só para que fique resgitado que estamos a 15 de agosto de 2007 e está a CHOVER!!!!

Thursday, August 09, 2007

Monday, August 06, 2007

vêm aí as festas

a romaria da senhora da agonia é extraordinária. quatro dias de grande festa numa das mais bonitas cidades de Portugal. agora, não conseguiram arranjar cartaz mais feio?

cerâmica em barcelos

Sunday, August 05, 2007

para o tiago e para a carla - "Abana a tua Roca e Rebola"

tão novinho que eu era

e não tarda sou eu quem precisa de olex

esforço

digo-te para que te esforçes e dire-to-ei as vezes que forem necessárias. tudo depende de quanto te entregas.

dia de surf... é verdade, em português...

A ideia não podia ser pior: um filme de animação digital sobre pinguins e surf. Mas o resultado não é. "Dia de Surf", realizado por Ash Brannon e Chris Buck é um filme divertido e bem feito apanhando a onda do sucesso da "A Marcha dos Pinguins" e "Happy Feet". Mas quanto ao filme muito já se escreveu por ai tanto a dizer bem como mal, por isso vou-me dedicar apenas a escrever sobre a dobragem em português, coisa que tem vindo a melhorar muito em Portugal e que já fazemos com a mesma qualidade técnica e artística que qualquer outro país. O que me parece inadmissivel é que para saber quais as vozes que dobram a versão americana com Shia LaBeouf, Jeff Bridges, Zooey Deschanel, Jon Heder e James Woods eu tenha de esperar até ao fim do genérico do filme (que é grande) e que depois me passem pelos olhos dois cartões que nem tive tempo para ler com os nomes dos actores que dobraram o filme em português.
Para os curiosos que desistiram de ver o genérco quando ia no nome de "J. Robert Ray" um senhor que é "software engineer", aqui fica a lista das vozes portuguesas (pelo menos as que descobrir na net... o que também não foi fácil). Tiago Castro (o Crómio dos "Morangos com Açucar"), António Feio (creio que toda a gente sabem quem é...), Filipe Duarte (actor de "A Ferreirinha" e "João Semana"), André Maia (actor com grande experiência em dobragens sobretudo nos filmes da Disney e era também a voz do genérico do "Pokemon"), Margarida Cardeal (actriz actualmente na telenovela "Fala-me de Amor"), Fernando Luis (o próprio do já clássico "Médico de Familia").
O mais extraordinário é que há um site do filme em português (mesmo o nosso português, porque há um outro site para a versão barsileira) e nem ai estão os nomes dos actores!

Até me podem beber...

Saturday, August 04, 2007

comboios


se é um apaixonado por comboios recomendo uma visita urgente a um site imperdivel...

Friday, August 03, 2007

acho que me enganei e os meus dez são onze... é a vida...

"Citizen Kane", de Orson Welles

"Annie Hall", de Woody Allen

"Mujeres al bode de un ataque de nervios", de Pedro Almodovar

"All That Jazz", de Bob Fosse

"Rocky Horror Picture Show", de Jim Sharman

"Chungking Express", de Wong Kar Wai

"Tokyo-Ga", de Wim Wenders

"La Nuit Americaine", de François Truffaut

"O Pai Tirano", de António Lopes Ribeiro

"Amarcord", de Federico Fellini

"Bringing Up Baby", de Howard Hawks

mas ficam tantos, tanto, tantos de fora...

porque é que as paredes não se pintam sozinhas?


grande You Tube!

que boas coisas nos mostram no you tube... grande césar pedro, realizador com mão inspirada e grandes artistas tem este nosso país espalhados pelos 4 cantos do mundo.

agora em português

Thursday, August 02, 2007

the blue ocean

A Andrea mandou-me esta maravilhosa pérola. Tenhamos atenção a esta grande personagem. Minhas senhoras e meus senhores, convosco Eduardo Mouranto!