Friday, June 24, 2005

ÓPERA DOS TRÊS VINTÉNS

Este fim-de-semana foi tempo de ir ver a "OPERA DOS TRÊS VINTÉNS", um trabalho interessante, mas com muitas falhas, no entanto é um espectáculo que vale a pena ir ver por diversos motivos, sejam as música de Kurt Weill, o trabalho os actores, como é o caso de Mário Redondo, seja o cenário, que se aplica muito melhor a este espectáulo do que à "ÓPERA DO MENDIGO", ou apenas por ser um dos grandes clássicos do teatro mundial.
do jornal Diário de Notícias:
Em 1992, Mário Redondo estreou-se como actor na Ópera dos Três Vinténs do Novo Grupo. Integrado no coro, fazia, então, Jimmy, um Mendigo e um Polícia. Este ano, já actor e cantor reputado, Mário Redondo volta ao texto de Brecht, outra vez encenado por João Lourenço, mas agora como protagonista ele será McHeath, ou seja, Mac da Naifa, o gangster. A nova produção de Ópera dos Três Vinténs, com estreia marcada para 6 de Maio, é a grande aposta desta temporada no Teatro Aberto, em Lisboa.
João Lourenço, o director artístico, explica que a ideia inicial partiu de João Paulo Santos, director musical deste teatro, que tinha vontade de fazer a Ópera do Mendigo, de Benjamin Britten (a partir de John Gay/Pepush). Como se sabe, a Ópera do Mendigo serviu de base à Ópera dos Três Vinténs de Bertolt Brecht/ Kurt Weill e, daí, surgiu a ideia de encenar as duas peças "em diálogo". A 24 de Fevereiro estreia-se o Mendigo, dois meses depois, no mesmo espaço e cenário (de João Mendes Ribeiro), apresentam-se os Três Vinténs.
"Costumo dizer que Brecht é um amigo que eu tenho ali numa esquina e de vez em quando acho que há uma peça dele que faz sentido", confessa João Lourenço. No caso da Ópera dos Três Vinténs, parece-lhe claro que o tema da corrupção é da maior actualidade "As ligações ilícitas entre a polícia e os bandidos, que são os senhores do poder. São gangsters disfarçados. Nesse sentido, a peça ainda é mais actual agora do que era há dez anos. Porque hoje já não se esconde essa corrupção." Apesar de trabalhar o texto pela segunda vez, garante que "irá ser um espectáculo completamente diferente do anterior". Por causa do cenário, dos figurinos, dos actores (alguns poderão manter-se, como Irene Cruz, mas haverá convidados e estreias absolutas, resultado de um casting). E também porque João Lourenço e a dramaturgista Vera San Payo de Lemos estão a reler o texto e colocaram a acção nos anos 50.
(D.N.)

TELEFONE 213880089
LOCAL Lisboa, Teatro Aberto - Pç. Espanha
HORARIOS A partir de 08-06-2005 Quarta a sábado às 21h30Domingo às 16h00
Na Sala Azul.
CENÓGRAFO - João Mendes Ribeiro
AUTORES - Bertolt Brecht, Kurt Weill
COREÓGRAFO - Carlos Prado
ENCENADOR - João Lourenço
INTÉRPRETE - Adriana Aboim, Ana Brandão, Ana Sofia Santos, António Cordeiro, Carlos Pisco, Francisco Pestana, Frederico Moreno, Irene Cruz, Jennifer Veiga, Joana Silva, João Ricardo, Madalena Alberto, Mário Redondo, Rui Melo, Sílvia Filipe, Tiago Mateus, Vanda Elias
DIRECÇÃO MUSICAL - João Paulo Santos

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