Thursday, August 23, 2007

bandeira portuguesa

Só estávamos habituados a vê-la nos edifícios públicos e em cerimónias oficiais e, de repente, ela irrompeu, vermelha e rubra, de norte a sul do país, em todas as janelas, em todas as ruas, nas cidades, vilas e aldeias, símbolo de um país que acreditava na Selecção de todos nós. Disputava-se o Euro 2004 e a bandeira nacional da nossa esperança salpicava todo o país, como se de repente as janelas tivessem florido, agora com o Mundial o fenómeno renasce.
Havia quem apenas se lembrasse de que era encarnada e verde e que tinha no meio uns símbolos. E pouco mais.
E, no entanto, ela nasceu numa época de euforia e de renovação. A revolução de 5 de Outubro de 1910 acabara de implantar a República e, com ela, os novos símbolos de um país renascido: o hino, a moeda e a bandeira.
Podemos ler no Relatório da Comissão Oficial da Nova Bandeira, que data da época, a exaltação de todo o sentimento patriótico que esteve na sua base.
Diz esse relatório que:
"O vermelho é a cor combativa, quente, viril por excelência. (…) a única cor capaz de dar-nos o incêndio dos grandes entusiasmos (…)".
Quanto ao verde, o mesmo relatório define-o como
“a cor da esperança (…)”.
No meio, a esfera armilar " (…) o padrão eterno no nosso génio aventureiro” e "(…) no coração da bandeira (…), o escudo branco com as quinas azuis, símbolo da (…) “bravura, tenacidade, diplomacia e audácia (…).”
Restam os castelos, sete por decisão de D. João II, “(…) um dos símbolos mais decorativos e mais enérgicos da integridade e da independência nacional.”
Em 2004 os portugueses vestiram uma vez mais as cores da sua bandeira e esperam ardentemente ter razões para continuar a vê-las flutuar, de norte a sul do país, em todas as janelas, em todas as ruas, nas cidades, vilas e aldeias. As bandeiras do nosso contentamento.
colaboração da MEC

2 comments:

Klatuu o embuçado said...

Não é a minha Bandeira - enquanto for a do País, respeitá-la-ei, claro. Mas há «excessos de bandeira» na República... que nem o pior da Monarquia alguma vez teve!

Os melhores cumprimentos.

Maria Eduarda Colares said...

em 2004, devo acrescentar! Em 2007 desbotou um bacadinho, pelo menos a que está na minha varanda... mas still going.