Thursday, May 25, 2006

"Medeia" no Nacional


No Teatro Nacional D. Maria II - "Medeia", de Eurípedes. Numa tradução de Sophia de Mello Breyner, com encenação da sempre extraordinária (não só como encenadora, mas neste caso um dos grandes momentos da peça quando chega o seu mensageiro) Fernanda Lapa e cenografia e figurinos de António Lagarto a quem se deve um dos mais bonitos momentos da peça com Medeia na sua varanda preparando-se para a fuga tendo como veículo um sol extraordinário.
O elenco encabeçado por Manuela de Freitas, tem um muito bom João Grosso, um António Rama (que deveria fazer teatro todos os dias), José Neves (com um figurino extraordinário), Luísa Cruz (que já ví muito mais interessante em trabalhos com Ricardo Pais), a sempre lindíssima Sara Carinhas e ainda Inês Nogueira, Margarida Mestre, Marta Lapa, Sofia Petinga e Sónia Neves.
O Calvinho gostou muito da Manuela de Freitas, eu tive momentos.
Medeia, princesa da Cólquida (hoje Geórgia), traiu o seu País e o seu Pai, entregando o Velo de Ouro a Jasão, o herói grego comandante dos Argonautas. Segue-o apaixonadamente até à Grécia onde vive como exilada durante dez anos, “em tudo se submetendo à vontade do marido” e às leis e costumes de um país estrangeiro. A acção decorre em Corinto, quando Jasão a repudia para se tornar genro do rei Creonte. Medeia é expulsa com os dois filhos. Fica reduzida à condição de apátrida e ela mesma se considera como um “despojo” trazido de uma terra bárbara. O ultraje sofrido por ela, é também um ultraje aos deuses antigos, perante os quais Jasão fez juramentos que agora quebra. Medeia, herdeira da ordem antiga, jura vingá-la destruindo a nova ordem. Destrói a casa real de Corinto, matando o rei e sua filha e destrói Jasão, matando os filhos de ambos. Para “espanto” dos mortais só é castigada pelo seu próprio sofrimento. O Sol, pai de seu pai, envia-lhe um carro que lhe permite a fuga gloriosa…
Teatro Nacional Dª. Maria II
Sala GARRETT
MAI 03 – JUN 11
3ª a SÁB. 21H30 DOM. 16H00

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